A ilha das Flores é um daqueles locais que mal cheguei já sabia que era capaz de lá viver, independentemente das dificuldades de ser insular. A beleza da ilha aliada à simpatia das gentes, tudo conjugado torna a ilha qualquer coisa de fantástica! E sim, não consigo arranjar um melhor adjectivo!!
Para lá chegar só com escalas. Nós fomos até à Ilha Terceira e daí aproveitamos o encaminhamento inter-ilhas da Sata. Exceptuando o atraso à ida do voo de Lisboa, correu tudo bem.
Desta vez não vou descrever o nosso roteiro, mas os locais que visitámos. Optámos por adaptar a nossa visita às condições climatéricas, fomos com tempo disponível que nos permitiu fazer isso, e embora não tenhamos apanhado mau tempo houve nevoeiro que nos fez reorganizar as voltas.
- Fajã Grande: embora conhecida pela cascata do Poço do Bacalhau a Fajã Grande é o local onde mais cascatas se encontra. Fica mesmo colada ao mar, é sem dúvida local obrigatório de visita. A cascata do Poço do Bacalhau é de fácil acesso.
Mesmo antes de chegar à Fajã Grande está a Aldeia da Cuada, que embora seja dedicada ao aluguer de casas, é visitável e se tiver tempo vale a pena ir conhecer a aldeia.
- Sete Lagoas: situadas no planalto interior da ilha estão 7 lagoas. A Lagoa da Lomba foi a mais difícil de vislumbrar-mos pois estava sempre a esconder-se com o nevoeiro, mas no último dia mesmo antes de irmos para o aeroporto tivemos uns segundos e conseguimos vê-la! A Lagoa Rasa e a Lagoa Funda são ambas visíveis da estrada e encontram-se a altitudes diferentes. A Lagoa Seca tal como o nome indica está praticamente seca. A Lagoa Comprida na fotografia que está no final da publicação é de cor negra e a Lagoa Negra é de cor verde! E finalmente a Lagoa Branca.
- Rocha dos Bordões: é uma rocha intrigante onde vemos grandes colunas de basalto na vertical. Existe um miradouro (N 39º24’36.1” W 31º14’42.6”) onde se consegue ver perfeitamente as colunas verticais.
- Poço do Ribeiro do Ferreiro, também conhecido por Poço da Alagoinha: simplesmente adorei o local, tanto que fomos lá duas vezes, apesar de todo o caminho que se tem que percorrer, são cerca de 700m. É um caminho pedonal com uma dificuldade entre o médio e o fácil. Quando está humidade convém ter cuidado, pois é muito escorregadio.
- Santa Cruz das Flores: Museu das Flores e Museu da Fabrica da Baleia ambos merecem uma visita e embora não concorde com a caça à baleia foi uma forma de sobrevivência e pertence à cultura.
Além disso também percorremos parte da costa de Santa Cruz a pé, é muito bonita.
- Ponta Delgada: Farol do Albernaz, é visitável, mas só dava para ser à tarde e não fomos. Também dá para fazer parte do percurso pedestre que percorre Ponta Delgada a Fajã Grande de carro, nós fizemos e as vistas são fantásticas. Fizemos o percurso Ponta Delgada – Santa Cruz das Flores, é praticamente todo pela costa e é muito bonito.
- Lajes das Flores: Fajã Lopo Vaz, fizemos parte desse percurso pedestre mas quase no final tive que desistir, é demasiado íngreme e sem apoios, para mim, que tenho vertigens, ia ser complicado. Na Lajes também há um farol, não sabemos se é visitável, e perto do porto encontra-se a igreja com vista para o mar!
- Parque florestal: situado na Fazenda descobrimos este local por mero acaso, tem entrada gratuita e pode observar-se diversa fauna e flora além dos tanques com trutas.
- Quem vai à Ilha das Flores não deve deixar de aproveitar a oportunidade de conhecer a Ilha do Corvo, nós fomos de barco, pode ver aqui como fizemos.
Locais onde ficámos/ comemos:
– Quando chegamos à ilha, um dos restaurantes recomendados foi A Rainha do Bife onde fizemos a grande maioria das refeições, serve almoços diários a preços económicos. Além desse também recomendaram o Pescador na Ponta Delgada, que não gostámos muito, e o Pôr do Sol que não tivemos oportunidade de experimentar.
– Ficamos hospedados no Palheiro, uma casa com quarto e cozinha, e no último dia no Alojamentos Flores Island, num quarto, ambos na Fajã Grande ambos com um atendimento fantástico.
– Alugamos carro pela Rentalcars e o stand foi o Autatlantis, foram muito acessíveis, o nosso voo sofreu uma mudança de horário no regresso e eles estavam no aeroporto prontos para receber o carro.
Conheça mais um pouco da ilha!
Dicas:
- A maioria dos supermercados encontram-se em Santa Cruz, também encontramos uns um pouco mais pequenos na Fajã Grande, são abastecidos de 15 em 15 dias
- No posto de turismo informaram-nos sobre os restaurantes mais frequentados por locais e os mais turísticos, obtivemos boas dicas, além disso indicaram-nos locais a visitar que não tínhamos encontrado quando fizemos a pesquisa.
- Sempre que encontrar um miradouro vai ver que vale a pena parar!